quarta-feira, 22 de maio de 2013

A real dureza de uma 2º divisão- Série 6 - Os atletas heróis do CTMS



         Finalmente chegou ao fim o campeonato da 2º divisão. A série do CTMS ( série 6),  incluiu, para além do CTMS, as equipas do CF Vendas Novas, CP Serpa, Luso Serpense, Sport Lagos e Benfica, GD Pic- Nic, J. Campinense, CAD "Os Vianenses" e CTM de Loulé. A participação do CTMS contemplou então, três deslocações ao algarve, uma a Serpa, uma a Vendas Novas e uma a Viana do Alentejo. Refira-se que uma das deslocações foi efetuada em regime de jornada dupla com dormida em  Vila Real de St. António. Significa isto, que os atletas do CTMS percorreram cerca de 2300 Km, com viagens por vezes a ultrapassar as 6 horas em ida e Volta. E com que necessidade? Quando temos um campeonato distrital à porta, isto é, a série 5.

A série 5 incluiu as equipas do distrito, nomeadamente, IFC Torrense, CTM Amora, Academia 8 Janeiro, VFC, mais as de Lisboa, não esquecendo as duas equipas dos Açores.

Diz o regulamento de provas da FPTM que os clubes participantes na 2º divisão são organizados em séries segundo a sua proximidade geográfica. Este regulamento parece  ter sido simplesmente ignorado ou aplicado em benefício de outros. Senão vejamos, se por proximidade, for considerada a latitude, então o CF Vendas Novas não deveria estar na série 6, mas na  série 5. Fica também por explicar o porquê da inserção do VFC na série 5, equipa pertencente à nossa cidade, quando o CF Vendas Novas está muito mais a norte. Que critérios de proximidade foram então considerados? Dificilmente qualquer pessoa racional os poderá entender, tal foi a dualidade na sua aplicação.

Para piorar as coisas acrescente-se a enorme despesa associada as estas deslocações. Despesa bastante mais volumosa quando em comparação com épocas anteriores que incluíram deslocações à Madeira e Açores. Estranha e incompreensível é esta situação, quando  um dos motivos invocados para a reorganização dos campeonatos nacionais foi precisamente a vertente económica.

Mais uma época se aproxima, esperamos então, que, "quem de direito", olhe de frente para a situação, e com olhos  de ver  nos coloque na série correta em  termos de proximidade geográfica e económica.

Na verdade os atletas do CTMS foram autênticos papa léguas, quando deveriam apenas ser atletas. Parece esquecer "quem de direito" que a maioria dos que andam na modalidade são amadores. Andam nestas andanças por amor à modalidade e  não como profissionais ou caixeiros viajantes.

 Por estas e outras razões os atletas do CTMS foram sem dúvida uns verdadeiros heróis.




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